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O bem-estar na criação do gado leiteiro

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Nome: Aline Charão de Oliveira 
Turma: FTA 
 
O BEM-ESTAR NA CRIAÇÃO DO GADO LEITEIRO 
INTRODUÇÃO 
Durante os últimos anos, a sociedade vem se interessando e 
preocupando com o bem-estar de vacas leiteiras, sendo assim, a necessidade 
de sustentação cientifica na avaliação das condições em que os animais são 
criados está cada vez mais em evidência. Com essas mudanças, foram 
estabelecidas as cinco liberdades nas quais conferem a indicação inicial sobre 
os aspectos relevantes sobre o bem-estar. Para a avaliação do bem-estar 
animal, é necessário mensurar um conjunto de indicadores, mediante a várias 
visitas à exploração. 
Com investimentos em tecnologia, genética e nutrição, tem se observado 
a necessidade de aprimorar as questões ligadas ao bem-estar animal e à 
redução de enfermidades (CERQUEIRA et al., 2011). Existe um consenso onde 
é de suma importância que os animais domesticados, por estarem sendo criados 
em cativeiro e servindo de alguma maneira à humanidade, merecerem níveis 
mínimos de bem-estar (HOTZEL; FILHO, 2004). 
Contudo, com o aumento da produção leiteira, acabam surgindo 
problemas relacionados com mastites (Schreiner e Ruegg, 2003), transtornos 
podais (Bach et al., 2007) e reprodutivos, resultando no refugo precoce das 
vacas (Webster, 2005). As elevadas produções podem comprometer o BEA, 
induzindo distúrbios na saúde, desconforto e diminuição da qualidade do leite 
(Fulwider et al., 2007). 
O conforto das vacas tem-se assumido como um dos fatores mais 
influentes para o aumento de produção, sendo assim, o bem-estar desses 
animais pode ser avaliado através da observação do comportamento, o estado 
de ativação dos seus sistemas fisiológicos e o seu estado geral, sendo fatores 
importantes o alojamento e as condições das instalações (Veissier et al., 2007). 
É de suma importância a conscientização e entendimento perante o bem-
estar animal para uma produção eficiente, a educação de produtores e 
manejadores de animais pode resultar na implementação de novos 
procedimentos e, ao dirigir a educação à população, consequentemente, as 
formas de produção, que envolvam boas condições de bem-estar animal, serão 
apoiadas (FAO, 2009). 
 
DESENVOLVIMENTO 
A produção animal atual, que tem importante ênfase em eficiência 
produtiva está sujeita a novos desafios em decorrência de demandas de bem-
estar animal (BEA) e de redução do seu impacto ambiental (SOUZA et al., 2013). 
Segundo o conceito multidimensional da FAO (2013), é necessário assegurar os 
direitos e o bem-estar humano sem reduzia a capacidade do planeta em manter 
a vida e sem ocorrer à custa do bem-estar de outros. Segundo Fraser et al. 
(1997) e Souza et al. (2013), há diversos questionamentos cercam a criação 
animal, pois não basta avaliar a produção ou a produtividade, mas é preciso 
verificar sustentabilidade, a ética, a aceitação social, os objetivos propostos, a 
necessidade e os recursos da comunidade para a qual foi projetado. 
Este assunto envolve questões complexas e abstratas, pois combina as 
condições de vida dos animais, incluindo a saúde, o comportamento, a criação, 
os sentimentos e o manejo (DUNCAN; FRASER, 1997; PETERS et al., 2010). A 
adoção de práticas de bem-estar e manejo é necessário para promover melhores 
condições aos animais e aumentar sua produtividade, entretanto, o custo 
adicional nos sistemas de produção que contemplam bem-estar é um dos 
principais obstáculos para oferecer um melhor tratamento aos animais nas 
propriedades rurais (OLIVEIRA, 2010). Assim, implantar mudanças nas atitudes 
humanas, que não requeiram investimentos adicionais, é o ponto de partida para 
a incorporação de bem-estar nas propriedades (HEMSWORTH; BARNETT, 
2001; COSTA et al., 2010). 
Segundo Fraser et al. (2009), para definir a condição de bem-estar animal 
deve-se adotar uma visão que aborde criteriosamente o animal e o ambiente 
onde ele está inserido, assim, para mensurar o bem-estar animal é necessário 
identificar indicadores de alto e baixo grau e, para isso, deve-se considerar a 
natureza dos animais, os aspectos emocionais e a função biológica do animal 
em avaliação. Conhecer a natureza e o comportamento do animal é fundamental 
para compreender a conduta normal e avaliar o bem-estar (BROOM; FRASER, 
2010). 
Contudo, existem fatores que prejudicam o bem-estar dos animais, as 
práticas de manejo interferem no conforto animal e incluem desde aquelas 
relacionadas à simples intervenções, até cirurgias complexas que além da dor 
crônica e aguda podem causar depressão ao organismo (PETERS et al., 2010; 
CERQUEIRA et al., 2011). Sendo assim, há muitas práticas no manejo que 
melhoram significativamente o bem-estar e melhoram a produção e, 
consequentemente, aumentando as vantagens econômicas para o produtor. 
Outro fator que influencia diretamente com o bem-estar animal são 
enfermidades e o meio ambiente. De acordo com Peters (2012), a relação 
“doença”, “dor” e “bem-estar” formam um sistema em que os elementos se 
influenciam entre si e cada um tem seu nível de importância, entretanto, apesar 
do atual reconhecimento pelas pessoas da capacidade dos animais em sentir 
dor, nem sempre um tratamento adequado. Em relação ao ambiente, diversos 
fatores podem acarretar na interferência do bem-estar, contudo, o fator mais 
importante são as condições climáticas. As condições climáticas no verão 
podem causar desconforto e até o óbito de animais menos adaptados, por sua 
vez, o calor excessivo reduz a ingestão alimentar e aumenta o gasto de energia 
para manutenção do equilíbrio térmico (MADER et al., 1999). Além disso, o 
estresse calórico diminui a produção de leite e a eficiência reprodutiva resultando 
em baixo desempenho dos animais (ARMSTRONG et al., 1993). 
Para não haver perdas por conta das condições climáticas, é de 
importância adotar sistemas que contribuirão para que os animais sejam 
providos de sombra e agua fresca nas épocas mais quentes do ano. 
Outro ponto chave que deve ser considerado é a relação homem-animal, 
que deve ser estabelecida desde o início da vida dos animais para que 
desenvolvam este relacionamento sem atividades aversivas e, assim, 
estabelecendo uma rotina e bem-estar desde bezerras (GARCIA, 2013). 
 
CONCLUSÃO 
O bem-estar de vacas leiteiras ainda está sendo desenvolvido e 
aprimorado nas propriedades, a conscientização da sociedade em relação a 
forma que os animais vêm sendo submetidos, acarretarão em mais exigências 
daqueles que não se adequarem a estas novas maneiras de produção. Sendo 
assim, é de suma importância o bem-estar na criação desses animais em todas 
as fases da criação, assim, aumentando a taxa de produção e diminuindo os 
riscos de doenças, abortos, problemas reprodutivos, entre outros e, 
consequentemente, diminuindo as perdas econômicas do produtor. 
 
Referências bibliográficas 
ARMSTRONG, D. V.; WELCHERT, W. T.; WIERSMA, F. Environmental 
modification for dairy cattle housing in arid climates: livestock environment. Saint 
Joseph: American Society of Agricultural Engineers, 1993. 
DUNCAN, I. J. H.; FRASER, D. Understanding animal welfare. In: APPLEBY, C; 
HUGHES, B.O. Animal welfare. London, 1997. p.19-32. 
MADER, T. L.; DAHLQUIST, J. M.; HAHN, G. L.; GAUGHAN, J. B. Shade and 
wind barrier effects on summertime feedlot cattle performance. Journal of Animal 
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HOTZEL, J. M.; FILHO, M. P. C. L. Bem-estar animal na agricultura do século 
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Fulwider WK, Grandin T, Garrick DJ, Engle TE, Lamm WD, Dalsted NL e Rollin 
BE (2007). Influence of Free-Stall Base on Tarsal Joint Lesions and Hygiene in 
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Veissier I, Beaumont C e Lévy F (2007).Les recherches sur le bien-être animal: 
buts, méthodologie et finalité. INRA - Productions Animales, 20(1), 3-10. 
CERQUEIRA, L. J.; ARAÚJO, P. J.; SORENSEN, T. J.; RIBEIRO, N. J. Alguns 
indicadores de avaliação de bem-estar em vacas leiteiras – revisão. Revista 
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http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/ pdf12_2011/5-19.pdf 
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BROOM, D. M.; FRASER, A. F. Comportamento e bem-estar de animais 
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HEMSWORTH, P. H.; BARNETT, J. L. The importance of animal comfort for 
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PETERS, M. D. P.; BARBOSA SILVEIRA, I. D.; PINHEIRO MACHADO FILHO, 
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OLIVEIRA, G. C. B. Interação ordenhador-vaca: Respostas comportamentais 
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SOUZA, A. P. O.; FRANCO, B. M. R.; MOLENTO, C. F. M. III Simpósio de 
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GARCIA, P.R. Sistema de avaliação do bem-estar animal para propriedades 
leiteiras com sistema de pastejo. Dissertação (Mestrado em Ciências) – 
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