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SELEÇÃO E TREINAMENTO DE PROVADORES Equipe sensorial ● Ferramenta mais importante em pesquisa e desenvolvimento, e controle de qualidade. ● O sucesso ou fracasso do processo de desenvolvimento da equipe depende dos critérios e procedimentos usados para selecionar e treinae a equipe. É um método cientifícico ● Aparelho/Instrumento > Ser humano ● Memória sensorial > Treinamento A validade dos resultados na análise sensorial baseia-se na sensibilidade e capacidade dos provadores reproduzirem os seus julgamentos. RECRUTAMENTO DE CANDIDATOS Critérios para recrutamento: ● Idade do candidato entre 18 e 50 anos; ● Interesse voluntário do candidato em participar dos testes; ● Disponibilidade de tempo e disposição; ● Pontualidade em relação aos horários; ● Saúde normal, sem apresentar infecções bucais e/ou nasais; ● Boa memória e expressividade, ou forma de expressão adequada; ● Boa acuidade visual; ● Capacidade em reproduzir os julgamentos; ● Paladar geneticamente normal e bom apetite, sem ter aversão ao alimento; ● Crianças e idosos são selecionados somente para estudos específicos; ● Recrutar de 2 a 3 vezes o n° de candidatos que deseja treinar. FORMAS DE RECRUTAMENTO 1. QUESTIONÁRIO: formular um modelo adequado de questões (formulário); 2. ENTREVISTA: o entrevistador deve: ● Preparar questões e pontos necessários a serem abordados; ● Ter conhecimento e experiência em análise sensorial; ● Conduzir de forma descontraída, ouvir atentamente e tomar nota das respostas; ● Fazer questões lógicas sobre pontos de interesse. 3. AMBOS: quando se utiliza questionário complementado com entrevista. SELEÇÃO DOS PROVADORES ● Avaliar a habilidade do candidato em detectar e/ou descrever atributos sensoriais (cor, odor, sabor e textura). ● Poderá ser feita na forma qualitativa ou quantitativa, se for segundo a diferenciação da intensidade do atributo percebido. ● São fatores essenciais: - O candidato deve ter boa acuidade sensorial; - Apresentar habilidade em discriminar diferentes estímulos sensoriais; - Ter capacidade para descrever e quantificar características de produtos distintos. EQUIPE DE PROVADORES PARA TESTES DISCRIMINATIVOS ● Segunda fase (seleção): sabor, odor, cor, textura. ● Terceira fase (treinamento): de acordo com o projeto a ser desenvolvido. Teste de discriminação de sabor - Teste de Gosto-Intensidade ● Objetivo: selecionar provadores com discriminação superior para sabores ● Amostras: soluções aquosas de cafeína p.a. (amargo), sacarose p.a. (doce), cloreto de sódio p.a. (salgado), umami (glutamato) e ácido cítrico p.a. (ácido) diluídas em água mineral, preparadas em duas concentrações. ● Apresentação das amostras: as soluções são servidas em copos descartáveis brancos contendo 20 mL de cada solução, codificadas com dígitos numéricos e apresentadas aleatoriamente ao voluntário. ● 5 a 8 provadores selecionados e treinados. ● Teste: os voluntários são instruídos a provar a amostra e devem beber água entre uma e outra amostra. A medida que provam devem identificar na ficha os quatro sabores básicos e suas intensidades, utilizando os códigos. ● Avaliação do voluntário: para ser selecionado, o voluntário deve obter 100% de acertos. Teste de discriminação de odor - Teste de Reconhecimento de Odores ● Objetivo: selecionar provadores com discriminação superior para odores. ● Amostras: 20 frascos com diferentes produtos odoríferos. ● Apresentação das amostras: os produtos odoríferos estarão em erlenmeyers de 50 mL, inteiramente envoltos em papel alumínio e codificados. Os 20 frascos apresentarão um orifício feito no papel alumínio e uma tampa que deverá ser suspensa, por cada voluntário, no momento do teste. Alguns compostos se repetirão nos frascos. ● Teste: os voluntários são instruídos a cheirar as amostras com o intervalo de vinte segundos entre uma e outra. A medida que cheiram devem descrever na ficha os odores percebidos, ao lado de cada código, tentando utilizar um termo mais descritivo ou associativo possível. ● Avaliação do voluntário: cada resposta vale: 3 pontos para identificação correta, 2 pontos para um termo associativo próximo do correto, 1 ponto para resposta errada, zero para a ausência de resposta. Para ser considerado provador da equipe o voluntário deverá ter no mínimo 80% de acertos. Os voluntários que obtiverem valores superiores a 54 pontos apresentam maior habilidade para discriminar odor e serão os mais adequados à formação de uma equipe. Teste de discriminação de cor - Teste Fornsworth-Munsell 100-Hue Test ● Objetivo: selecionar provadores com discriminação superior entre matrizes de cores. ● Amostras: pigmentos (em pó), cartões coloridos. ● Apresentação das amostras: as amostras são numeradas na parte inferior de acordo com a sequência de matizes. Apresentadas em quatro sequências randomizadas, exceto o primeiro e o último, tendo cada uma 15, 16 ou 17 cores. ● Sequência de matrizes - 65: 65 tonalidade agrupadas em 4 sequências com gradações: - vermelho ao azul (posições 1 a 16) - amarelo ao vermelho (17 a 31) - verde ao amarelo (32 a 48) - azul ao verde (49 a 65) ● Teste: o voluntário terá que ordenar os cartões em uma sequência lógica (entre as duas das extremidades que são fixas), no tempo de dois minutos, marcado por cronômetro. O voluntário terá vinte segundos de descanso visual entre uma sequência e outra, repetindo os procedimentos até a quarta sequência. ● Avaliação do voluntário: 2 instruentos de avaliação: 1. Ficha de registro: a pontuação é anotada na ficha de registro onde são somadas as diferenças entre os cartões adjacentes (distância), sendo que as extremidades fixas valem cada uma um ponto. Estes pontos são somados obtendo-se o total de cada sequência e, deste total, são diminuídas duas unidades. Para ser considerado membro da equipe, o voluntário deverá obter um total de pontos que o coloque entre a faixa estabelecida pelo líder da equipe, sendo este um teste classificatório. 0 a 4 erros – soma 17 a 25 pontos (dentro de uma mesma sequência) – habilidade superior. 12 a 18 erros – soma de 48 a 72 pontos – habilidade média-inferior. 2. Gráfico radar: ao final, são verificados os pontos de cada uma das tonalidades e estes valores são apresentados em gráfico radar. O líder da equipe pode estabelecer o intervalo de curvas que melhor convier. SELEÇÃO DE EQUIPE - TEXTURA ● Consiste de 6 membros, porém deve-se treinar em torno de 10 pessoas para permitir alternação. ● Um grupo nunca menor que 25 pessoas deve ser utilizado para a seleção. ● Critério de seleção: não ter aparelho móvel na boca. ● Cada candidato deve perceber as últimas 4 amostras da escala padrão de textura : amendoim, cenoura, amêndoa e açúcar candy. As amostras devem ser fornecidas em uma ordem ao acaso e deve ser pedido ao candidato para arranjá-las em ordem crescente de dureza. Os candidatos devem ser capazes de colocar todos os 4 itens na ordem correta. Treinamento dos provadores ● Exposição a informações bem organizadas usando bons exemplos e amostras de referência. ● Resultado = grupo capaz de expressar uma experiência comum pelo uso de uma terminologia comum. ● Envolve duas semanas de sessões diárias de orientação, cada uma com duração de 2-3 horas , seguidas por aproximadamente 6 meses de sessões práticas de 4-5 vezes por semana. ● Finalidade: - Familiarizar o candidato com os procedimentos gerais em análise sensorial; - Verificar e melhorar habilidades em identificar e reconhecer atributos sensoriais; - Avaliar a sensibilidade do candidato a julgador; - Melhorar a memória para que possa oferecer medidas sensoriais precisas. Consistentes e padronizadas. ● Papel do treinador: - Estabelecer ambiente agradável para o trabalho - Nível adequado de comunicação - Ter personalidade que não iniba o provador - Ter autoridade sobre os provadores – nem tímida e nem autoritária ● É necessário o treinamento para que fatores como adaptação, erros psicológicos ou condições físicas não alterem a sensibilidade do provador e, não causem erro de resposta. ● Passo a passodo treinamento: Elaboração do programa - Explicar em que consiste a avaliação sensorial; - Explicar a importância da análise sensorial para o controle de qualidade; - Explicar o uso de escalas; - Explicar o atributo sensorial que será avaliado. Prática - O analista sensorial aplica métodos e escalas para controlar o desempenho do provador. - Provadores = desenvolver maior sensibilidade em detectar significativas diferenças e maior reprodutibilidade. Comprovação - Determinar a habilidade do provador por meio de testes estatísticos e observação do próprio treinador. ● Cada candidato deve perceber as últimas 4 amostras da escala padrão de textura : amendoim, cenoura, amêndoa e açúcar candy. As amostras devem ser fornecidas em uma ordem ao acaso e deve ser pedido ao candidato para arranjá-las em ordem crescente de dureza. Os candidatos devem ser capazes de colocar todos os 4 itens na ordem correta. Treinamento dos provadores ● Exposição a informações bem organizadas usando bons exemplos e amostras de referência. ● Resultado = grupo capaz de expressar uma experiência comum pelo uso de uma terminologia comum. ● Envolve duas semanas de sessões diárias de orientação, cada uma com duração de 2-3 horas , seguidas por aproximadamente 6 meses de sessões práticas de 4-5 vezes por semana. ● Finalidade: - Familiarizar o candidato com os procedimentos gerais em análise sensorial; - Verificar e melhorar habilidades em identificar e reconhecer atributos sensoriais; - Avaliar a sensibilidade do candidato a julgador; - Melhorar a memória para que possa oferecer medidas sensoriais precisas. Consistentes e padronizadas. ● Papel do treinador: - Estabelecer ambiente agradável para o trabalho - Nível adequado de comunicação - Ter personalidade que não iniba o provador - Ter autoridade sobre os provadores – nem tímida e nem autoritária ● É necessário o treinamento para que fatores como adaptação, erros psicológicos ou condições físicas não alterem a sensibilidade do provador e, não causem erro de resposta. ● Passo a passo do treinamento: Elaboração do programa - Explicar em que consiste a avaliação sensorial; - Explicar a importância da análise sensorial para o controle de qualidade; - Explicar o uso de escalas; - Explicar o atributo sensorial que será avaliado. Prática - O analista sensorial aplica métodos e escalas para controlar o desempenho do provador. - Provadores = desenvolver maior sensibilidade em detectar significativas diferenças e maior reprodutibilidade. Comprovação - Determinar a habilidade do provador por meio de testes estatísticos e observação do próprio treinador.