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1 
 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios 
Tarefa: Considerando o cenário descrito no estudo de caso, que fala sobre o impacto da Covid-19 no 
mercado de petróleo, você deve escolher um setor econômico diferente do que foi apresentado para 
realizar uma análise – sob a ótica da oferta e da demanda – sobre as possíveis implicações do atual 
momento do mercado no setor escolhido. 
A sua análise deve conter ao menos: 
Contexto do setor – apresente números e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção 
e aos demais indicadores necessários à contextualização; 
Análise macroeconômica do atual momento do mercado – considere apresentar números 
relacionados ao crescimento econômico (PIB), ao nível de emprego, à taxa e ao nível de preços bem como 
outros possíveis indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise e 
Análise microeconômica com relação ao impacto direto na oferta e demanda do setor a 
ser analisado bem como a estrutura de mercado a que pertence – descreva como essas variáveis 
são influenciadas e sofrem pressão (ou não) dos mercados interno e internacional. 
INTRODUÇÃO 
Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. 
A indústria de bebidas alcoólicas é um dos mais importantes setores da indústria brasileira, 
movimentando bilhões de reais anualmente e gerando milhares de empregos em todo o país. O mercado 
hoje é composto por uma ampla gama de competidores, de todos os tamanhos, com marcas vindas dos 
mais variados pontos do globo. Assim, nos últimos anos vemos um setor cada vez mais competitivo, 
demandando dos players uma diversificação grande no que se trata a preços, produtos e lançamentos [1]. 
Além das mudanças que já estavam acontecendo na indústria até 2019, em 2020 tivemos o que 
pode ser considerado o maior acontecimento do século: a pandemia do coronavírus. Somente nas primeiras 
semanas de abril, estudos da Associação Brasileira de Bebidas apontaram 71% de queda no faturamento 
das empresas de bebidas alcoólicas devido ao fechamento de bares e restaurantes - medida que foi adotada 
por muitos governos municipais e estaduais no Brasil para combater o novo vírus -, e à crise econômica 
que se alastrou no cenário nacional - sedo o consumo de bebidas alcoólicas muito sensível a variações de 
renda dos brasileiros, que acabaram por diminuir seu consumo e/ou a optar por marcas mais baratas [2]. 
Tendo em vista o cenário descrito, esse trabalho tem como foco analisar os impactos da pandemia 
do Covid-19 no setor de bebidas alcoólicas no Brasil, de forma a entender seu contexto geral, macro e 
microeconômico. 
CONTEXTO DO SETOR 
Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores 
necessários à contextualização. 
 
 
 
2 
 
 
 Ao observarmos a última meia década do mercado de bebidas alcoólicas, vemos um crescimento 
pequeno e constante do setor - 3,7% no período 2015-2019 -, muito caracterizado pela retração no 
volume de vendas de cervejas – que apesar de ainda ser o principal produto da categoria saiu de 89,3% 
de participação no mercado em 2015 para 83,0% em 2019 - e uma acréscimo nas vendas de spirits e 
demais bebidas premium. Estas, por maior margem de lucro que possuam, são consumidas em menor 
quantidade se comparadas as bebidas tradicionais de baixo teor alcoólico. Esse era o cenário até 2019 
[3]. 
No entanto, com a entrada da crise da pandemia do Covid-19 em 2020, o até então constante 
crescimento do setor sofreu uma interrupção. Segundo o IBGE, o Brasil apresentou uma queda de 4,7% 
na produção de bebidas alcoólicas no primeiro trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano 
anterior, sendo essa queda reduzida ao longo de 2021, mas não ainda completamente superada [4]. 
Tamanha redução de produção e venda se dá por dois principais fatores: uma parcela significativa dos 
consumidores brasileiros, especialmente os de menor renda, migraram suas compras para marcas mais 
baratas e reduziram seu consumo geral; e a mudança no hábito de consumo das pessoas, onde passou-
se a consumir bebidas alcoólicas mais em casa, e não em bares, restaurantes, hotéis etc (rede “on 
trade”) que, até então, eram o principal canal de vendas desse tipo de produto [5]. 
Assim, tendo em vista o cenário descrito e as possíveis consequência da pandemia a longo prazo 
nos hábitos de consumo das pessoas, prevê-se que somente em 2024 o volume de vendas se recuperará 
aos níveis anteriores à pandemia (13,8 bilhões de litros em 2019) [6]. 
ANÁLISE MACROECONÔMICA 
Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. 
Como dito, a indústria de bebidas alcoólicas tem grande importância na economia nacional. 
Estima-se que somente em 2019 o faturamento obtido pelo setor foi de R$ 137 bilhões, equivalendo a 
1,9% do PIB brasileiro no ano e 4,8% do valor bruto da produção da indústria de transformação [7]. 
Quanto a geração de emprego, o setor possui ampla distribuição regional da produção, gerando dezenas 
de milhares de emprego em todo o país, principalmente na fabricação de cervejas – produto responsável 
por mais de 91,4% do volume consumido de bebidas alcoólicas no Brasil [3]. 
Alguns outros fatores de âmbito macroeconômico que afetam e afetarão o mercado nacional e 
mundial de bebidas em 2021 e nos próximos anos são a desaceleração global pela pandemia de Covid-
19 em especial dos mercados emergentes, como a China; a recessão da zona do euro; a guerra 
comercial entre EUA e China; e a queda geral de 8,3% do consumo de bebidas alcoólicas durante a 
pandemia. Vale-se observar que apesar da queda, estima-se um crescimento médio de 2,3% (CAGR) 
por ano nos próximos anos, tendo o mercado mundial retomado seu nível de consumo de 2019 em 
2024 [5]. 
ANÁLISE MICROECONÔMICA 
Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence 
são influenciadas pelos mercados interno e internacional. 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
Pré-pandemia do COVID-19, via-se no setor de bebidas alcoólicas uma maior demanda por 
produtos cada vez mais complexos, inovadores e personalizados. O consumidor médio em 2019 estava 
disposto a pagar mais caro por aquilo que ele via como maior qualidade. Assim, apesar do baixo 
crescimento em volume, víamos um acréscimo significativo no valor das vendas. Esse perfil de consumo, 
no entanto, sofreu com os efeitos da pandemia. Ampliação de redes sociais, mudanças de normas e 
atitudes, e rituais e ocasiões de consumo de bebidas são fatores que claramente continuarão 
impactando a indústria nos próximos anos. Além das medidas de isolamento social, que impactaram de 
forma drástica o mercado “on-trade”, novas tendências como vendas on-line, sem dúvida exigirão das 
empresas do setor rápida adaptação. 
Em termos de dinâmica do mercado nacional, o espaço para novos participantes continua a 
diminuir. O crescimento de fusões, aquisições e acordos de distribuição continua a alavancar a 
consolidação dos grandes players, especialmente no ramo cervejeiro - mesmo com o crescimento das 
micro cervejarias. No caso das grandes marcas, viu-se nos últimos anos o fortalecimento da 
segmentação do mercado, com atenção especial às cervejas premium. Assim, acelerou-se o 
desenvolvimento de novos produtos, aquisições e importações [1]. 
Além disso, destaca-se nos últimos anos o investimento em inovações voltadas às vendas on-
line. Um exemplo disso é o Zé Delivery da AMBEV, que permite consumidores pedirem cervejas, 
refrigerantes e energéticos gelados pelo celular e receber em casa em alguns minutos. Tal sistema 
mostrou-se essencial na pandemia do COVID-19, com um aumento de 1,6 milhões em 2019 para 27 
milhões de usuários em 2020 (1.688%) e uma representatividade de 7% no faturamento total da 
empresa no país [8]. 
Quanto ao mercado internacional, percebe-se uma volatilidadenos valores das exportações entre 
2015 e 2019. As cervejas constituem os principais produtos de exportação - 63,2% do volume em 2019. 
Já em 2020, viu-se um crescimento de 17,5% das exportações, fortemente ancorado no crescimento 
das exportações de cervejas e chopes (29,5%). 
Quanto as importações, estas apresentam um crescimento consistente nos últimos 3 anos (22%), 
com destaque para os vinhos e as cervejas. Além disso, os valores envolvidos são bem maiores do que 
se comparados com os das exportações, muito devido ao aumento do consumo de cervejas especiais e 
vinhos, bem como destilados, como uísques e gin. Dessa forma, vemos uma balança comercial 
deficitária no setor, com difícil reversão num futuro próximo, tendo em vista o grande espaço que 
algumas bebidas importadas no hábito de consumo do brasileiro, e a falta de estratégias de substituição 
dessas importações, em função de suas características de produção [9]. 
Com relação aos principais parceiros do Brasil no comércio exterior de bebidas alcoólicas, 
destacam-se como destino: Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina, além dos Estados Unidos. Já no que 
diz respeito às importações, temos como destaque: vinho (Argentina, Uruguai, Chile, França, Portugal, 
Itália, Espanha e Estados Unidos), uísque e gin (Reino Unido) e cerveja (Bélgica e Estados Unidos) [10]. 
CONCLUSÃO 
Apresente uma conclusão justificando a sua análise. 
 
 
 
4 
 
 
Vimos na análise apresentada que, apesar do setor de bebidas alcoólicas já vir apresentando 
algumas mudanças de perfil de consumo até 2019, uma parcela significativa destas mudanças foram 
intensificadas durante a pandemia do coronavírus de 2020 e outras foram modificadas pelo 
desenvolvimento de novos hábitos de consumo. Queda no poder aquisitivo médio, maior apelo a 
plataformas virtuais e a interrupção prolongada dos encontros presenciais são certamente vetores dos 
hábitos do dito “novo normal”. 
Assim, por mais que as estimativas de retorno ao cenário econômico pré pandemia sinalizem 
normalização somente em 2024, algumas ações por parte das empresas podem acelerar esse 
movimento. O questionamento de tendências prévias – como a premiumização -, e a adaptação a uma 
demanda de maior variedade de tipos e preços produtos, maior consumo doméstico e novas plataformas 
digitais de vendas e makerting, são algumas opções que podem acelerar a retomada do setor. 
Por fim, visto tamanho o impacto da indústria de bebidas alcoólicas na economia brasileira, vemos 
a importantância da sua retomada a patamares prévios a pandemia, tanto na geração de riquezas, 
quanto na manutenção de empregos a fim de auxiliar na retomada econômica e social do Brasil nos 
próximos anos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
[1] VIANA, Fernando. INDÚSTRIA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS. Disponível em: https://www.bnb. 
gov.br/s482-dspace/bitstream/123456789/332/3/2020_CDS_117.pdf. Acesso em: 17 Set 2021. 
[2] ESTADÃO. Faturamento de empresas de bebidas alcoólicas cai 71% na 1ª quinzena de abril. 
Disponível em: https://www.infomoney.com.br/consumo/faturamento-de-empresas-de-
bebidas-alcoolicas-cai-71-na-1a-quinzena-de-abril/. Acesso em: 17 Set 2021. 
[3] EUROMONITOR INTERNATIONAL. Market Sizes: historical/forecast. London: Euromonitor 
International, 2020. 
[4] IBGE. Pesquisa industrial mensal Pessoa Física – PIM-PF. Disponível em: https://sidra.ibge. 
gov.br/tabela/3650. Acesso em: 18 Set 2021. 
[5] EUROMONITOR INTERNATIONAL. Alcoholic Drinks: quarterly statement Q4 2019. London: 
Euromonitor International, 2020. 
[6] IBGE. Pesquisa industrial anual – PIA Produto. Disponível em: https:// sidra.ibge.gov.br/ 
tabela/5807. Acesso em: 18 Set 2021. 
[7] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO. Números do setor – 
Faturamento. Disponível em: https://www. abia.org.br/vsn/anexos/faturamento2019.pdf. 
Acesso em: 18 Set 2021. 
 
 
 
 
 5 
 
 
[8] AWS. Zé Delivery cria serviço de entrega de bebidas na AWS e sustenta seu crescimento 
exponencial. Disponível em: https://aws.amazon.com/pt/solutions/case-studies/ze-delivery/. 
Acesso em: 18 Set 2021. 
[9] FUNCEXDATA. Estatísticas de comércio exterior. Disponível em: http://www.funcexdata. 
com.br/busca.asp. Acesso em: 18 Set 2021.

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