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TREINAMENTO RESISTIDO Prof. Esp.: Medeiros Filho fm.azevedo@unp.br TEMA DA AULA Adaptações fisiológicas e bioquímicas ao treinamento de força: adaptações centrais e periféricas. AULA EXPOSITIVA + METODOLOGIA ATIVA ✓Modalidade popular e eficaz para melhorar a função muscular, o desempenho funcional e os parâmetros de saúde em uma ampla gama de populações saudáveis e clínicas. ✓Resultados mais comumente esperados: aumentos no tamanho e força muscular, tanto para o desempenho quanto para a saúde e melhora funcional. ✓Na década de 1940, Thomas DeLorme propôs realizar séries de exercícios de resistência até a falha neuromuscular volitiva para maximizar esses benefícios. CONTEXTUALIZANDO... (Lopes et al, 2020) ✓“Capacidade de produzir força contra uma resistência externa.” ✓O desenvolvimento da força muscular é sustentado por uma combinação de vários fatores morfológicos e neurais. ✓Mecanismos que melhoram a força são considerados multifatoriais e podem ser influenciados por outros mecanismos como: força inicial, estado de treinamento e genética. CONCEITUANDO... (Suchomel et al, 2018) ✓A contração muscular tem propriedades mecânicas e metabólicas. ➢A classificação mecânica descreve se a contração muscular produz movimento do membro. ➢A classificação metabólica da contração muscular envolve principalmente a disponibilidade de oxigênio para a produção de energia e inclui processos “aeróbicos” ou anaeróbicos. (Williams et al, 2007) (Williams et al, 2007) (Maestroni et al, 2020) ✓Em resposta ao exercício, os humanos alteram o fenótipo de seu músculo esquelético; alterar o estoque de nutrientes, a quantidade e o tipo de enzimas metabólicas, a quantidade de proteína contrátil e a rigidez do tecido conjuntivo (Hughes et al, 2017) ✓Rápido aumento inicial da força conforme o indivíduo aprende um exercício, seguido por uma progressão lenta conforme o músculo cresce. ✓Adaptações são geralmente evidentes após 8 a 12 semanas. ✓Alguns estudos observaram aumentos na força muscular e área transversa após apenas 2 a 4 semanas. ✓Este aumento inicial na força é provavelmente causado por adaptações neuromusculares e do tecido conjuntivo, ao passo que os aumentos iniciais no tamanho da área transversa muscular podem ser o resultado de edema (Hughes et al, 2017) ✓As adaptações observadas dentro do sistema neuromuscular se concentraram no aumento da aquisição de habilidades por meio do sistema nervoso e no aumento da ativação muscular máxima por meio da sincronização da unidade motora, recrutamento muscular e aumento da ativação neural. ✓Em termos de HIPERTROFIA, o foco principal para adaptação tem sido o aumento da área trasnversa das fibras musculares individuais, adicionando sarcômeros em paralelo. (Hughes et al, 2017) (Maestroni et al, 2020) ✓A força máxima gerada por uma única fibra muscular é diretamente proporcional à sua área de seção transversal (número de sarcômeros em paralelo), e pela composição das fibras musculares; ✓Fibras do tipo II (IIa / IIx) têm uma capacidade maior de gerar energia por unidade de CSA do que as fibras do tipo I, relativamente menores; (Maestroni et al, 2020) ✓Características arquitetônicas como comprimento do fascículo - permite maior produção de força por meio de uma relação comprimento-tensão ideal - mais longo e o ângulo de penetração também afetam a capacidade de geração de força do músculo; ✓O número de sarcômeros em série influencia a contratilidade de um músculo e a taxa com que ele pode encurtar. Conforme o ângulo de penetração aumenta, mais sarcômeros podem ser dispostos em paralelo, melhorando assim a capacidade de geração de força muscular; (Maestroni et al, 2020) ✓Em relação aos fatores neurais, o princípio do tamanho determina que o recrutamento da unidade motora está relacionado ao tipo destas unidades, e que as unidades são recrutadas de forma sequenciada com base em seu tamanho (do menor ao maior); ✓Assim, a disponibilidade de unidades motoras de limite elevado é vantajosa para uma produção de força superior. Além disso, uma maior taxa de impulsos neurais (frequência de disparo) e a ativação simultânea de várias unidades motoras (sincronização da unidade motora) aumentam a magnitude da força gerada durante uma contração; ✓Juntamente com um sistema neurológico eficaz e coordenação intermuscular permitem a produção de força máxima; (Maestroni et al, 2020) ✓Dado seu papel mecânico, os tecidos musculoesqueléticos são capazes de responder e se adaptar às forças mecânicas por meio de um processo denominado MECANOTRANSDUÇÃO. O corpo converte carga mecânica em respostas celulares, que por sua vez, promove mudanças estruturais na massa, estrutura e qualidade do tecido. ✓Aumento apropriado na carga mecânica do músculo esquelético resulta em uma massa muscular esquelética aumentada (isto é, aumento da área transversa). As mesmas regras se aplicam às propriedades dos ossos e tendões, que são em grande parte dependentes da carga mecânica derivada do músculo esquelético. (Goodman, 2013) ✓Estudos agudos sugeriram que há um aumento dependente da carga na atividade do mTORC1 após o exercício de resistência que se correlaciona com o aumento resultante na massa muscular após o treinamento. O aumento na atividade de mTORC1 é o resultado da sinalização por meio de uma quinase RxRxxS / T independente de PI3K / Akt. No entanto, se o aumento na atividade de mTORC1 após o exercício de resistência aguda está levando à hipertrofia muscular ou simplesmente reflete a quantidade de lesão e a resposta inflamatória subsequente e como a resposta de mTORC1 é alterada pelo exercício até a falha ainda não foi demonstrado. (Hughes et al, 2017) (Maestroni et al, 2020) ✓Alostase - Processo pelo qual o corpo responde aos estressores e mantém a homeostase, com o sistema neuroendócrino responsável por regular a manutenção de um estado catabólico / anabólico ideal; ✓O sistema neuroendócrino desempenha um papel importante não apenas no desempenho agudo do exercício, mas também no crescimento e remodelação dos tecidos; ✓Relevante para a mecanotransdução, o sistema endócrino secreta hormônios no sistema circulatório que geralmente são categorizados como catabólicos, levando à quebra de proteínas musculares, ou anabólicas, levando à síntese de proteínas musculares; NATURAL? (Maestroni et al, 2020) ✓A síntese, recuperação e adaptação de proteínas musculares são resultados da interação dinâmica entre esses hormônios anabólicos e catabólicos. Embora vários fatores, como seleção de exercício, intensidade e volume, ingestão nutricional e experiência de treinamento pareçam influenciar a resposta aguda da testosterona, foi demonstrado que exercícios compostos, como exercícios de levantamento de peso, agachamento e levantamento terra, são capazes de produzir maiores elevações de testosterona do que exercícios de isolamento; ✓A importância do componente neural central nas adaptações de força é mais evidente quando um membro é treinado e o outro não. Nessa situação, a área tranversa muscular não muda na perna não treinada, mas ocorre um aumento significativo na força com o treinamento do membro contralateral. ➢Interação cortical de membros cruzados e adaptações na excitabilidade da medula espinhal ✓Em termos de HIPERTROFIA, o foco principal para adaptação tem sido o aumento da área transversa das fibras musculares individuais, adicionando sarcômeros em paralelo. (Hughes et al, 2017) ✓Outra adaptação observada com o treinamento de força é o aumento da taxa de força no início da contração (RFD), ou seja, a inclinação da curva força-tempo. ✓Outros fatores que contribuem para o “RFD” são o tipo de fibra muscular e a transferência de força. Fibras do tipo II apresentam um maior RFD, assim, aumentos na área transversa de fibra tipo II com treinamento de força complementariam o aumento do impulso neural. (Hughes et al, 2017) ✓Alterações na hipertrofia do músculo podem impactar bastante a capacidade deum músculo de produzir força e potência. ✓ O raciocínio por trás disso é que uma maior fibra área de transversa muscular, particularmente fibras do tipo II, pode alterar as características de força-velocidade de todo o músculo. ✓Mas qual seria a explicação fisiológica pra isso? ✓As mudanças no tamanho e força muscular podem variar entre os indivíduos. Hipertrofia e Força (Suchomel et al, 2018) Hughes DC, Ellefsen S, Baar K. Adaptations to Endurance and Strength Training. Cold Spring Harb Perspect Med. 2018 Jun 1;8(6):a029769. Lopez P, et al. Resistance Training Load Effects on Muscle Hypertrophy and Strength Gain: Systematic Review and Network Meta-analysis. Med Sci Sports Exerc. 2020 Dec 26; Maestroni L, et al. The Benefits of Strength Training on Musculoskeletal System Health: Practical Applications for Interdisciplinary Care. Sports Med. 2020 Aug;50(8):1431-1450 Suchomel TJ, Nimphius S, Bellon CR, Stone MH. The Importance of Muscular Strength: Training Considerations. Sports Med. 2018 Apr;48(4):765-785. Williams MA, et al. Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular disease: 2007 update: a scientific statement from the American Heart Association Council on Clinical Cardiology and Council on Nutrition, Physical Activity, and Metabolism. Circulation. 2007 Jul 31;116(5):572-84. REFERÊNCIAS TCHAU E ATÉ SEMANA QUE VEM!
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