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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Webconferência II Professor(a): Thaís Aires Planejamento e gerenciamento de Unidades de Alimentação e Nutrição Obtenção de resultados através de pessoas Gestor deve desenvolver atividades: Planejamento Organização Acompanhamento Controle Resultados através das pessoas Motivação de seus subordinados Perfil realizador Gera confiança Satisfação no trabalho Busca da Qualidade O bom Gestor O nutricionista na gestão de unidades • Recrutamento, seleção, capacitação (obrigatório), avaliação de desempenho; • Auxilia no dimensionamento da unidade; • Pode participar da gestão dos custos; • Participação na produção do orçamento da unidade. Lactário • Definição: unidade do Serviço de Nutrição e Dietética Hospitalar destinada ao preparo, higienização e distribuição de preparações lácteas e fórmulas infantis, seguindo rigorosas técnicas de controle higiênico-sanitário e microbiológico das formulações preparadas em tal unidade. • Deve existir em todas as Unidades Hospitalares que possuam atendimento pediátrico e/ou obstétrico, obedecendo à Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002. • Nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EASs), a estrutura física do lactário é regida pela RDC 50 de 2002. O lactário é responsável pelo desenvolvimento das seguintes atividades, sempre com a responsabilidade técnica do Nutricionista: a) Higienização de mamadeiras, copos e outros utensílios utilizados para oferta das fórmulas lácteas em áreas destinadas à recepção e lavagem desses materiais. b) Desinfecção das mamadeiras, copos e outros acessórios usados. c) Preparo e envase de fórmulas lácteas e não-lácteas (ex: à base de soja). d) Esterilização terminal que consiste na autoclavagem das mamadeiras já porcionadas e prontas para serem encaminhadas às unidades de internação hospitalar. Lactário e) Estocagem e distribuição das formulações preparadas. f) Recebimento das prescrições das fórmulas pediátricas e das dietas enterais, seja de forma manual ou informatizada. g) Limpeza e sanitização dos insumos usados no setor. h) Além das áreas específicas para cada atividade acima mencionada, o lactário hospitalar também deve dispor de vestiário para paramentação adequada dos funcionários, instalações sanitárias e depósito para material de limpeza, todos em área externa ao lactário. Lactário É necessário enfatizar que, para o planejamento da estrutura física adequada de um lactário, é necessário fazer um levantamento: dos recursos, fluxo, público alvo, localização. EAS com até 15 leitos pediátricos, pode ter área mínima de 15,0 m² com distinção entre área suja e limpa, com acesso independente à área limpa feito através de vestiário de barreira. Preparo Preparo de fórmulas lácteas e não lácteas -> envaze de mamadeiras ->esterilização terminal de mamadeiras (opcional) ->distribuição. Higienização Recebimento ->lavagem (enxaguar, escovar e lavar), desinfecção de alto nível de utensílios. Lactário O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional. Alimentação escolar Alimentação escolar Gestão do nutricionista na alimentação escolar • Exigência da presença do nutricionista como Responsável Técnico pelo Programa, bem como do quadro técnico; • Elaborar cardápios, que devem contemplar pelo menos 30% da aquisição de gêneros alimentícios, da agricultura familiar; • Considerar a participação do CAE nos cardápios; • Realizar teste de aceitabilidade para os cardápios, considerando aceito em no mínimo 85% pela escala hedônica ou em no mínimo 90% pelo resto de ingesta. Alimentação escolar - nutricionista • I - realizar o diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional dos estudantes; • II - planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar de acordo com a cultura alimentar, o perfil epidemiológico da população atendida e a vocação agrícola da região, acompanhando desde a aquisição dos gêneros alimentícios, o preparo, a distribuição até o consumo das refeições pelos escolares; • III - coordenar e realizar, em conjunto com a direção e com a coordenação pedagógica da escola, ações de educação alimentar e nutricional. Alimentação Escolar Meio para difundir programas de Educação Nutricional Ao elaborar o cardápio da Alimentação Escolar, o nutricionista responsável tem por objetivo não só atender as necessidades nutricionais, assim como, resgatar hábitos alimentares mais saudáveis Escola ambiente propício na orientação aos alunos sobre a arte de se alimentar bem. • Instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976; • Regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991; Beneficiados empregados da empresa beneficiária, trabalhadores avulsos a seu serviço e os contratados por intermédio da empresa de trabalho temporário, cessionária de mão-de-obra ou subempreiteira (Ordem de Serviço INSS/DAF nº 173/97). Da mesma forma, estende-se ao estagiário ou bolsista (Lei nº 6494/77). Estruturado na parceria entre Governo, Empresa e Trabalhador Programa de alimentação do trabalhador - PAT PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 66, DE 25 DE AGOSTO DE 2006 – parâmetros nutricionais • Empresa Beneficiária = Empresa que concede o benefício-alimentação e /ou benefício-refeição aos trabalhadores por ela contratada; As empresas podem participar do PAT com a quantidade mínima de 1 trabalhador; A adesão ao PAT é voluntária e as empresas participam pela consciência de sua responsabilidade social e incentivo fiscal; A empresa que concede o benefício-alimentação e /ou benefício-refeição aos seus trabalhadores e não participa do PAT, deve fazer o recolhimento do FGTS e do INSS sobre o valor do benefício concedido ao trabalhador e não terá direito a qualquer incentivo fiscal previsto pelo PAT; Planejamento de cardápio •NdPcal -6% a 10% • Educação nutricional • Portadores de doenças • 1 porção de frutas e 1 porção de legumes ou verduras, nas refeições principais e pelo menos 1 porção de frutas nas refeições menores •Responsabilidade técnica Alimentação coletiva Indústria de Alimentos / Refeitórios / Refeições coletivas em organizações Alimentação Coletiva– área de atuação do nutricionista que abrange o atendimento alimentar e nutricional de clientela ocasional ou definida, em sistema de produção por gestão própria ou sob a forma de concessão (terceirização). A atuação dos nutricionistas em UAN deve se basear na formação de profissional da área da saúde, fortalecendo a tríade refeição-comensal-saúde, privilegiando a promoção da saúde nas ações de gerenciamento da unidade. Isso abrange também as preocupações com as próprias condições de trabalho e de seus funcionários. Asilo O envelhecimento da população brasileira surge acompanhado de uma transição social. A busca por asilos surge como uma alternativa para as famílias de baixa renda ou para idosos que perderam seus vínculos familiares. Porém, a mudança para a instituição impõe alterações na rotina diária desses idosos, que podem acarretar modificações de hábitos alimentares e fragilizar a saúde destes indivíduos. Asilo Os problemas encontrados com relação à alimentação em asilos revelam que ainapetência de alguns está relacionada a comidas que não agradam ao paladar, problemas de saúde e à assistência inadequada durante as refeições. Para melhorar o contexto o Nutricionista deve incluir nos cardápios refeições de acordo com as preferências alimentares e dá atenção especial aos que necessitam de uma alimentação especial assistida. Hotel – gestão de A & B • A gestão de alimentos e bebidas apresenta muitos desafios e todos os processos são muito importantes e devem estar integrados para que o negócio apresente resultados positivos no final. Hotel – gestão de A & B • As atividades do nutricionista são de extrema importância, principalmente por manter o controle higiênico sanitário, uma vez que ele é o responsável pela segurança alimentar no hotel. • Dentre as suas funções, estão o cuidado na hora de verificar a qualidade dos alimentos durante todo o processo, desde a hora da compra até o momento em que o alimento é servido para o cliente; evitar desperdícios com estoques desnecessários; treinamento de funcionários através de palestras e reuniões sobre higiene e saúde; e gestão do refeitório do hotel. Para os hotéis conseguirem a certificação ISO é necessário o cumprimento do manual de Boas Práticas para o setor de Alimentos e Bebidas. Restaurante comercial Um estabelecimento público onde se pode tomar refrescos ou fazer refeições. Estabelecimento ou comércio que propicia um serviço de alimentação aos clientes. Estabelecimento comercial onde se preparam e servem comidas. Restaurante comercial Os restaurantes comerciais integram, de forma circunstancial, as empresas do segmento de alimentação, que precisam criar diferenciais competitivos, aliando qualidade dos produtos e serviços oferecidos às novas tendências e práticas alimentares de seus clientes, cada vez mais exigentes. As atividades do Nutricionista em restaurantes comerciais vão além do cumprimento das legislações sanitárias. Habilidades como : conhecimento das técnicas dietéticas, método de cocção, características sensoriais dos diversos grupos de alimentos, são imprescindíveis para a oferta de preparações saborosas, harmônicas e de qualidade. Sistemas especiais de fornecimento de refeições • Cook-chill; • Cook-freeze; • Sous-vide • Comissária e serviço de bordo • Refeições transportadas Sistema tradicional Sistema tradicional • Este sistema utiliza uma área física maior, além de utilizar mais equipamentos e utensílios. • Há maior dificuldade na supervisão do processo, possibilitando a ocorrência de erros com maior frequência. • Ainda é o mais utilizado nas unidades. SISTEMA ESPECIAL • Melhorar a segurança alimentar • Melhorar características sensoriais • Melhorar a conservação do alimento • Aumentar a prazo de validade das refeições Vantagens do sistema especial • Desconexão entre a produção e distribuição, flexibilizando o período de preparação dos alimentos. • Programa a produção ao longo da jornada de trabalho. • Evita pressão temporal • Otimiza a utilização dos equipamentos • Reduz o tamanho das instalações • Racionaliza a mão-de-obra e a energia (escala) Cook-chill e cook-freezer • Produção antecipada dos itens do cardápio, e sua manutenção sobre refrigeração ou congelamento, por dias ou semanas, com reaquecimento antes de serem servidos. Cook-chill Validade de 5 dias contando com o dia da produção Cook-freezer Cook chill e cook freezer • Forno Combinado, Ultra Congelador/Resfriador e Câmara de estocagem. • Resfriamento Rápido • O Resfriamento Rápido é a única solução para evitar a alteração de qualidade dos alimentos e garantir a conservação após o cozimento. A zona de risco de contaminação é ultrapassada rapidamente, preservando a segurança alimentar. Para resfriar até o centro dos alimentos de +90°C a +3ºC em 90 minutos, devendo atingir em no máximo 150 minutos. • Congelamento Rápido • Para alimentos e matérias primas que precisam de conservação a temperaturas negativas (-18°C), a velocidade do Congelamento deve ir de 70ºC ou 74ºC por um período de cocção superior a 5 minutos, até –18°C no tempo máximo de 240 minutos. Esse processo congela produtos delicados com ótimos resultados, mantendo a sua qualidade original. A rapidez do congelamento é essencial para evitar a formação de macrocristais que danificam a estrutura do alimento. Cook chill e cook freezer • Finalização • O alimento resfriado ou congelado retorna à suas condições de consumo após o processo de Finalização, que consiste no reaquecimento do mesmo em uma atmosfera saturada de vapor. • Esta condição é obtida através do uso dos fornos combinados • Através do processo de Finalização, os alimentos não sofrem perda de peso e preserva-se a qualidade por mais tempo, tanto em resfriados como em congelados, com garantia de segurança na conservação e evitando a proliferação bacteriana. Método O sucesso da implementação de sistemas de cook-chill pode ser posto em causa, destacando-se como principais problemas: • Desconfiança por parte dos colaboradores e consumidores; • Dificuldade de adaptação a determinados métodos culinários; • Falta de conhecimento na utilização da tecnologia; • Más práticas de regeneração; • Segurança alimentar – tempo entre a produção e o consumo; • Perda de alguns nutrientes, com especial destaque para as vitaminas. Sous vide • Quer dizer “sob vácuo” • Refere-se a um método de cozinhar em sacolas plásticas seladas a vácuo em baixas temperaturas por um tempo maior que o tradicional. • O tempo pode variar entre 2 horas e 72 horas e a temperatura precisa ser estável, normalmente entre 40°C e 70°C, dependendo do que se cozinha. • O objetivo da técnica é manter a integridade do alimento, evitando a perda de umidade e sabor. • É possível fazer em casa com máquinas de embalar a vácuo e água morna monitorada por um termômetro comum. Tipos • Sous vide chill (cozinhar sob vácuo e resfriar) e sous vide freeze (cozinhar sob vácuo e congelar). • No processo sous vide, o cozimento é realizado em embalagens plásticas com alta barreira de resistência térmica. • Garante uma qualidade de retenção e de manutenção do sabor, do odor, da cor, da textura, dos nutrientes e da aparência do produto. • Após este processo, o produto é imediatamente resfriado ou congelado. • E é armazenado, podendo ter uma validade de até 18 meses, sem a utilização de nenhum conservante. Sous vide
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