Prévia do material em texto
Carnes in natura: Definição: “carnes são massas musculares e os demais tecidos que as acompanham incluída ou não a base óssea correspondente, procedentes das diferentes espécies animais, julgadas aptas para o consumo pela inspeção veterinária oficial” (RIISPOA, 2017) → Ao avaliar a qualidade de uma carne, ela deve ser compatível com o corte a qual ela está sendo comercializada; → A primeira análise a ser feita é a sensorial; As vezes pode não ter interferência nas análises físico-químicas mas a sensorial já demonstra que está tendo algum problema. I. CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS: A caracterização sensorial da carne é de grande importância e, às vezes, maior que as análises químicas, pois são estas características que mais se alteram no início da putrefação. • Aspecto: uniforme, sem acúmulo sanguíneo, ausência de corpos estranhos. • Coloração: uniforme, sem manchas escuras ou zonas claras, variando do vermelho rosado ao vermelho pardo. Com o envelhecimento, há o escurecimento da superfície que, progressivamente, torna-se acinzentada ou esverdeada pela ação de microrganismos. → Pigmentos formados na carne: desoximioglobina, oximioglobina e quando oxida há a metamioglobina (carne marrom) . • Consistência: normalmente é firme, compacta e elástica. No início da putrefação, a superfície torna-se viscosa ou limosa e a carne perde a firmeza. • Odor: suave, agradável e característico em carnes sãs, tornando-se amoniacal e depois fétido. • Coloração FATORES BIOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM NA ESTABILIDADE DA COR: pH do músculo; Temperatura muscular; Exposição à luz; Contaminação microbiana; COR BACTÉRIA Vermelha Serratia marcescens Azul Pseudomonas syncyanea Amarelo Micrococcus ou Flavobacteriorum • Sabor Quando tem uma alta contaminação bacteriana (mais proteolíticas) ela passa degradando o ATP, perdendo elétrons até chegar na HIPOXANTINA: POST-MORTEM → ATP → ADP → AMP → IMP → HX O processo de transformação de músculo em carne acontece sob refrigeração então quando dizemos “carne in natura” ela está sempre ligada a uma carne refrigerada! (Temperaturas baixas: de 2°C a 4°C) Mioglobina: vermelho púrpura; Metamioglobina: marrom – oxidação do Fe da mioglobina; Colemioglobina: em decorrência de bactérias produtoras de H2O2 Sulfomioglobina: pigmento verde devido ao desenvolvimento de bactérias produtoras de H2S SABOR AMARGO SABOR AMARGO OUTROS FATORES QUE ALTERAM O SABOR DA CARNE: Ácidos graxos de cadeia curta; Compostos carbonílicos cíclicos; Compostos sulfurosos – enxofre; Pirazinas – formadas com o aquecimento de compostos nitrogenados (heterocíclico de azoto) • Textura PRINCIPAIS COMPONENTES DA DETERMINAÇÃO DA TEXTURA: Maturação; Idade – menos colágeno Tecido conjuntivo; Matriz de proteínas miofibrilares – actina, miosina, tropomiosina; Gordura – dilui os elementos do tecido conectivo diminuindo a dureza da carne; Alimentação; II. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS: • O suco (drip) da carne possui aminoácidos livres, nucleopeptídios e oligopeptídios, que são nutrientes para microrganismos. • O metabolismo destes compostos leva a formação de H2S, NH3, indol, cadaverina, entre outros. • Os aminoácidos, por mecanismo de descarboxilação formam aminas (originam aldeídos e ácidos) e, por desaminação, formam ácidos orgânicos e NH3; se tiverem enxofre, formam H2S e mercaptans (tiol –SH), conferindo odor desagradável → COMPOSTOS DE DEGRADAÇÃO! → Quando se tem bactérias atuando, elas irão fazer duas coisas: desaminar o aminoácido (retirada do radical amina) ou pode descarboxilar o aminoácido (retirada do grupo carboxila). → A desaminação e a descarboxilação é o que indica onde a bactéria atuou no aminoácido. Produtos com sabor e odor ruim → nível de degradação está muito alto! • A capacidade de retenção de água (CRA) é a aptidão da carne em reter total ou parcial a própria água e eventualmente a água adicionada em seu processamento. • CRA influencia diretamente na cor, textura, consistência, suculência e maciez da carne; • CRA da carne se manifesta: - Pela exsudação (ou gotejamento) de líquido (weep), observada na carne não cozida nem congelada (carne in natura/fresca); - Pela exsudação de líquido (drip) típica da carne descongelada; - Pela exsudação (shrink) da carne cozida; → O suco da carne possui aminoácidos livres, nucleopeptídeos e oligopeptídeos que irão ser substrato para os microrganismos e os principais compostos de degradação (produtos da ação dos microrganismo) são: H2S, NH3, INDOL e CADAVERINA; COMO ACONTECE A DETERIORAÇÃO: o microrganismo mais comum encontrado na carne é a Pseudomonas; e a primeira linha de atuação delas é a GLICOSE (mais fácil de ser quebrada) e, como a carne tem pouco carboidrato, vai haver um esgotamento da glicose. Quando a glicose se esgotar, a Pseudomonas vai começar a atuar em aminoácidos livres e aí vai ter alteração de odor e subsequente alteração de cor (verde azulado) • Se a utilização de aminoácidos for muito grande vai gerar essas alterações. Alterações químicas causando alteração sensoriais PSEUDOMONAS → UTILIZA GLICOSE → ESGOTAMENTO DA GLICOSE → UTILIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS LIVRES OBS: cadaverina não altera cor e odor mas se a pessoa ingerir alimento com esse composto, ela pode passar mal. Ela age como um potencializador de outras aminas biogênicas. ALTERAÇÃO DE ODOR E COR COMPOSTOS X PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO Esses compostos podem gerar produtos de degradação por alteração bacteriana ou por outras alterações, como por exemplo: ação do ácido lático que diminui o pH tornando- o ácido que desnatura proteína deixando mais fácil a atuação naquela estrutura liberada. • Aminoácidos que contenham enxofre → produz H2S (gás sulfídrico) • Vários aminoácidos → produz NH3 (amônia) • Triptofano (aminoácido que contém enxofre na sua composição) → produz INDOL • Lisina quando sofre ação de ENTEROBACTÉRIAS (E. coli, coliformes) → produz cadaverina • Ornitina e arginina pela ação de PSEUDOMONAS → produz putrescina III. PRINCIPAIS ANÁLISES: Primeira coisa a ser feita quando a carne chega → ANÁLISE SENSORIAL PROVA DE FILTRAÇÃO: • Verifica a capacidade de retenção de água (CRA); • Princípio: baseia-se no volume de extrato aquoso obtido por filtração em papel de filtro de porosidade padronizada e em um tempo também padronizado. A água é polar, então ela pode se ligar a grupos hidrofílicos da proteína e quando ela se ligando a esses grupos, ela vai se prendendo/se relaciona de uma forma mais íntima com a molécula (ÁGUA LIGADA). Outras moléculas de água por polaridade vão se ligando aquela água (ÁGUA IMOBILIZADA). Por capilaridade vêm as outras águas (ÁGUA LIVRE) que ficarão por cima e são as mais fáceis de interagir com outras moléculas e reagir a processos físicos ou químicos QUANDO A CARNE É SUBMETIDA A ALGUM PROCESSO FÍSICO/QUÍMICO OU A ALGUMA INTERFERÊNCIA, É NA ÁGUA IMOBILIZADA QUE É MEXIDA. A DESIDRATAÇÃO TAMBÉM AGE NESSA ÁGUA. COMO É FEITA A PROVA: é feito o quarteamento da amostra, retirada da amostra de partes diferentes, homogeniza e no caso como vai ser feita a filtração é necessário que ela seja moída ou triturada (é preciso aumentar a superfície de contato) e então é adicionada água. Por fim, anotar o tempo dessa filtração. TEMPO DE FILTRAÇÃO: 5 minutos: carne fresca e sã, boa para o consumo. 6 a 10 minutos: carne de média conservação. 10 minutos ou mais: carne suspeita, provavelmente alterada. OBS: os produtos solúveis da proteólise bacteriana condicionam a lentidão da filtração. RELAÇÃO: CRA X VOLUME EXTRATO LIBERADO X TEMPO: ASPECTO DO FILTRADO: O filtrado da carne sã é límpido, róseo-claro, de cheiro suisgeneris e, dacarne alterada, é turvo, de tonalidade groselha mais ou menos acentuada, com odor amoniacal ou sulfídrico. MISTRURA → FUNIL COM PAPEL DE FILTRO → RESÍDUO → FILTRADO ↑ CRA ↓VEL (+ tempo para filtrar) ↓ CRA ↑ VEL (filtra mais rápido). PROVA DE COCÇÃO: • Submete a amostra a uma alta temperatura; Traz respostas necessários, tais como: presença de gás amoníaco e gás sulfídrico; • Quando aquece há a desestabilização das moléculas, permitindo que esses odores volatizem mais rápido. • Após o aquecimento, perceber o odor dos primeiros vapores produzidos (o odor amoniacal ou sulfídrico é facilmente identificado), além de observar as características do caldo e da carne. Na prova de cocção se observa esses odores, só que não só isso, o líquido que está imerso tem que ser límpido (compatível com uma prova de cocção); A alteração desse caldo (exemplo: caldo espesso/denso) é devido a proteólise e quando há o aquecimento essa quebra da ptn fica mais evidente. DETERMINAÇÃO DO pH • Princípio: o pH representa a concentração de íons hidrogênio em um material. É ideal para verificar as modificações bioquímicas da carne; É a prova imediata e precisa para avaliar seu estado de conservação. Após o abate → ácido lático (pH 5,4 – 5,5). Com autólise e atividade microbiana, há formação de NH3 e aminas, levando a um aumento do pH. O aumento propicia desenvolvimento de microrganismo e altera as características sensoriais. Há um aparelho que coloca na carne com água e ele dá o resultado do pH. INTERPRETAÇÃO: pH de 5,8 a 6,2 - carne boa para consumo. pH 6,4 - apenas para consumo imediato (limite crítico para consumo). pH acima de 6,4 - início de decomposição. PESQUISA DE SULFITOS: • Derivados de enxofre formadores de SO2 como os sulfitos e metabissulfito. O sulfito vai interferir/impedir a síntese proteica microbiana conservando assim a carne. PROPRIEDADES: antioxidantes (não oxida a mioglobina mantendo a cor por mais tempo) e antimicrobianos (bactericida). FUNÇÕES: evitar processo de escurecimento e o crescimento de microrganismo; PROIBIDO PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA JUSTIFICATIVA DA UTILIZAÇÃO PELOS FRAUDADORES: promove coloração avermelhada – típica da carne fresca! (Ele conserva a coloração por mais tempo, não confere cor); AUMENTA A VALIDADE COMERCIAL CONSEQUÊNCIAS: mascara possível deterioração e contribui para destruição da tiamina – vitamina B1 TESTE QUALITATIVO: prova de sulfito com solução de verde malaquita Descora: presença de sulfito Não descora/permanece a cor: ausência do sulfito OBS: nitrito confere cor e, assim como o nitrato, é bactericida e bacteriostático. CONSISTÊNCIA: DEVE SER FIRME SABOR: PRÓPRIO CALDO: LÍMPIDO Prova de cocção, pH e prova de filtração são análises que vão indicar deterioração. → É muito arriscado condenar o produto se essas análises estiverem erradas/alteradas porquê são análises muito subjetivas, não é utilizado calibrações muito precisas. Elas complementam outras análises. ELAS DEVEM SER AVALIADAS EM CONJUNTO! Exemplo: se o pH estiver alterado é errado condenar a carne porque muitos fatores influenciam ele, como manejo, alimentação, estresse que ele foi submetido, há várias interferências. CARACTERÍSTICAS BACTERIÓLOGICAS Fatores a considerar: Temperatura; Umidade do ar; Velocidade (circulação) do ar; Composição atmosférica de armazenamento; Luz; • Durante o processamento e a estocagem dos alimentos suas características devem ser mantidas; • Na conservação pelo frio o fator que controlamos é a proliferação microbiana e reações químicas (enzimáticas); Reduz a ação enzimática, lembrando que a lipólise não cessa em nenhum momento. • Todos os microrganismos têm suas temperaturas ótimas de crescimento (mas isso não impede de crescer em outras que não seja de sua preferência) logo, o princípio básico de conservação pelo frio é manter a temperatura abaixo do ideal de crescimento e proliferação; RELAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA, AS RELAÇÕES DE DETERIORAÇÃO, O CRESCIMENTO DE ALGUNS MICRORGANISMO E A PRODUÇÃO DE TOXINAS: 10°C → produção de toxinas em Staphylococcus e Clostidium botulinum tipo A e B. 6,7°C → multiplicação de Staphylococcus. 6,5°C → multiplicação de Clostridium botulinum. 5,2°C → multiplicação de Salmonella. 3,3°C → produção de toxinas em Clostridium botulinum tipo E. 0°C → risco devido a crescimento e atividade de bactérias causadoras de intoxicações alimentares. -8°C → multiplicação de bactérias. -10°C → multiplicação de leveduras. -12°C → multiplicação de mofos. -18°C → reações químicas (sua velocidade é tão lenta que são consideradas nulas). REFRIGERAÇÃO: AUMENTA A VALIDADE COMERCIAL • Manter sob temperaturas entre 0°C e 7°C; •Os impactos sobre as propriedades nutricionais e sensoriais são mais brandos; • Apesar de não haver eliminação de microrganismos, inibe-se o ciclo de reprodução e, consequentemente, retarda a deterioração dos alimentos quando contaminados; • Alguns microrganismos patogênicos são capazes de desenvolver ou produzir toxinas em temperatura de refrigeração, mas a maioria não se desenvolve abaixo de 4,4°C. (Yersinia enterocolitica, Listeria monocytogenes E Salmonella spp.) PRODUTOS RESFRIADOS ACÃO DO FRIO: TEMPERATURA X CRESCIMENTO MICROBIANO Em baixa temperatura o crescimento microbiano se torna mais lento. • TEMPERATURA: fator mais importante dos fatores extrínsecos para viabilidade e multiplicação microbianas. • AMPLITUDE DO CRESCIMENTO MICROBIANO: -35°C a 90°C – a faixa ótima para patógenos raramente excede a 37°C. • Entre -35°C e 90°C a temperatura afeta a amplitude da fase de latência – velocidade de crescimento, número final de células, necessidades nutritivas e composição química e enzimática dos tecidos. • Temperatura acima da máxima de crescimento de um microrganismo é letal – quanto mais alta mais rápida a perda da viabilidade estreita relação com a termorresistência característica de cada microrganismo. → Quando resfria um microrganismo, ele permanece viável. Alguns podem esporular, mas a maioria permanece viável com o metabolismo mais lento. Quando congela ele pode esporular parando a atividade metabólica ou através do descongelamento, os cristais de gelo formados perfurem a membrana causando a morte da bactéria. Um alimento congelado não oferece risco bacteriológico, o problema é o processo de descongelamento. PROCESSO DE DESCONGELAMENTO: congelamento rápido e descongelamento lento para que as moléculas de água consigam se realocar. Por isso que o processo de descongelamento lento tem que ser sob refrigeração. TEMPO DE CONGELAMENTO MÁXIMO PARA ALIMENTO: 6 MESES – a perda da validade comercial de um produto congelado não é pela ação de microrganismos, a degradação ocorre por ranço hidrolítico ou/e oxidativo. RANÇO HIDROLÍTICO “Hidrólise das ligações ésteres dos triglicerídeos com liberação e acúmulo de ácidos graxos livres.” → A rancificação hidrolítica ocorre durante o processamento e o armazenamento de produtos gordurosos. A presença de água acelera a rancidez. Suas consequências são a liberação de ácidos graxos que acidificam o meio e quando emulsionados em água proporcionam sabor e odor desagradáveis ao alimento.. RANÇO OXIDATIVO “Neste processo ocorre basicamente a quebra da saturação dos ácidos graxos.” → O principal substrato para a oxidação são os ácidos graxos insaturados, que geralmente se oxidam mais rapidamente no estado livre do que quando fazem parte de um triglicerídeo. O ranço vai ser catalizado pela presença de oxigênio na gordura. Começa através do ataque de um O2 à um hidrogênio próximo a uma ligação insaturada;. Além de haver alteração de odor e sabor, há a formação de compostosindesejáveis prejudiciais à saúde (tóxicos, polímeros e compostos cíclicos) Microrganismo sobrevivendo a temperaturas inferiores à mínima de crescimento → efeitos letais da refrigeração e congelamento – dependentes → microbiota – microambiente – condições de tempo e temperatura de armazenamento. → Alguns microrganismo permanecem viáveis por longos períodos em temperaturas de congelamento. Ex: • Salmonella spp. • Escherichia coli O157:H7 (mais patogênica em alimentos) • Enterococcus spp. • Pseudomonas spp. EFEITOS DAS ALTAS TEMPERATURAS: • O efeito da refrigeração sobre a microbiota do alimento depende da temperatura, do tempo de armazenamento e das características fisiológicas da microbiota implicada. • A medida que a temperatura cai abaixo da ótima o crescimento se torna lento causando ausência de crescimento pois quanto menor a temperatura maior a fase de latência. • As baixas temperaturas selecionam a microbiota mista (mesófilas e psicrotróficas) afetando quantitativamente a carga microbiana inicial do alimento o que conduz modificações da microbiota desenvolvida ao longo do processamento tecnológico e armazenamento. • Para eliminar os microrganismo de maneira correta é necessário realizar o descongelamento lento sob refrigeração de 0 a 7°C, seguido da cocção. Devemos evitar oscilações de temperaturas pois esse processo de congelamento e descongelamento realizado seguidas vezes faz com que a bactéria se adapte e cresça mais rápido. TEMPERATURA DE RESFRIAMENTO: 0°C a 7°C TEMPERATURA DE CONGELAMENTO: -1°C a -5°c EFEITOS SOBRE A MICROBIOTA DE DETERIORAÇÃO Microbiota deteriorante: • Psicrófilos: são aqueles que têm temperatura de multiplicação entre 0°C e 20°C, com um ótimo entre 10°C e 15°C. • Mesófilos: são aqueles que têm a temperatura ótima de multiplicação entre 25°C e 40°C, mínima entre 5°C e 25°C, e máxima entre 40°C e 50°C. Os microrganismos mesófilos correspondem à grande maioria daqueles de importância em alimentos, inclusive a maior parte dos patógenos de interesse. E sob refrigeração alguns podem se desenvolver. • Psicrotróficos: são aqueles que têm capacidade de se desenvolver entre 0°C e 7°C. → Alteração alimentos mantidos em temperaturas inferiores a 7°C: psicrotróficos que agem devido a longos armazenamentos. Chegam a milhões/grama em poucos dias. Maiores alterações são de odor, sabor e textura. Evitar flutuações de temperatura de armazenamento: velocidade de crescimento aumenta rapidamente! EFEITOS SOBRE A MICROBIOTA A MICROBIOTA PATÓGENA E A INDICADORA A maioria dos patógenos são mesófilos (há poucas exceções) o crescimento pode constituir problemas nos alimentos refrigerados: Ex: Salmonella Enteritides → crescimento a 7°C em carne de aves. FONTES DE CONTAMINAÇÃO AVES E CARNES (bovinas, caprina, equina, ovina e suína): → Criação zootécnica, sanidade, transporte, recepção, abate, processamento tecnológico (manipuladores, equipamentos, utensílios, água de abastecimento), resfriamento, embalagem, armazenamento, transporte e comercialização. • Do começo ao fim, quanto maior a etapa, maior é o risco de contaminação. ANÁLISES RECOMENDADAS/ PADRÃO MICROBIOLÓGICO *Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 12 de 02/01/2001 – ANVISA – MS EX: Carnes resfriadas ou congeladas, in natura, de aves (carcaças inteiras ou cortes) – Presença de Coliformes a 45°C: 104 5 3 5 x 103 104 PLANO DE 3 CLASSES: • 5 x 103 : 5.000 UFC/g (mínimo) •104 : 10.000 UFC/g (máximo) → De 5 amostras, 3 podem estar entre 5.000 a 10.000. Se estiver acima não é aceitável!