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AS2-PRÁTICAS ENSINO DE QUÍMICA

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Tutor: Jorge Rivelino
Título da Unidade: Unidade II - Como ser professor de Química no Ensino Médio?
Atividade Reflexiva
TÍTULO: Representação e comunicação na área de Química.
A Química é uma ciência essencial a nossa vivência, do simples fato de respirar até a ação de lavar a louça; da locomoção dos veículos a partir da queima do combustível ao ato de pintar ou alisar os cabelos; da execução da adubação da terra ao ato de abrasar um palito de fósforo, até ao reconhecimento de concentrações de algumas substâncias, como dopamina e serotonina, que são responsáveis por regular o humor. Em tudo o que realizamos e em o que nos cerca existe a presença da Química (BEM-ZVI et al., 1987; MACEDO; PENHA, 2014). Desta maneira, esta ciência deve estar envolvida no ensino aprendizagem da educação de cada jovem cidadão. De tal modo, o conhecimento químico deve fazer parte da construção da mente humana. Para isto, os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s (2006) propõem diretrizes curriculares nacionais que visam nortear as várias áreas de conhecimento abordadas no ensino médio. Deixando claro que cada disciplina, dentre elas a química, deve desenvolver conhecimentos contextualizados para que se possam atingir competências e habilidades que sirvam para o exercício de intervenções e julgamentos práticos, essenciais à vida moderna. 
Para compreender todas as transformações químicas que acontecem ao seu redor e no seu cotidiano, é necessário que os alunos compreendam todas as linguagens abordadas pela química, e deste modo, uma das competências propostas pelos PCN’s é que os alunos atinjam a capacidade de traduzir linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice-versa. Isto porque, a área da química apresenta um vasto nível simbólico, ou seja, representacional, no qual as diversas substâncias químicas são representadas por fórmulas e suas transformações por equações (WHARTA; REZENDE, 2011). Por ser uma linguagem sofisticada do conhecimento químico, esta é uma das mais complexas etapas do ensino de química na educação básica, pois nesta etapa o docente tem o desafio de fazer com que os alunos consigam observar diferentes situações em que as transformações químicas estejam ocorrendo e obtenham a capacidade de descrevê-las por meio de equações, símbolos e fórmulas. Para tal, é necessário que o professor utilize diferentes abordagens metodológicas que instiguem seus educandos e façam com que realmente entendam as distintas linguagens utilizadas na química e não só as decorrem. Pois ao trabalhar tal competência, o docente deve ser capaz de traduzir as teorias presentes nos discursos, em reações, equações e representações, além de materializá-las por meio da prática, o que faz que o conhecimento seja consolidado. Pois, deste modo, os estudantes irão aprender não apenas por aquilo que escutaram, mas sim, pelo o que puderam validar de forma prática.
Além de desenvolver a capacidade de traduzir as teorias da linguagem discursiva em linguagem simbólica, os PCN’s, preveem que os estudantes desenvolvam a competência de traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens visuais como gráficos, tabelas e relações químicas. Ou seja, se torna obrigatório realizar atividades que façam com que os alunos consigam analisar e interpretar gráficos, tabelas e imagens que auxiliam a linguagem discursiva, facilitando o entendimento e compreensão das transformações químicas presentes ao seu redor. Além de que, ao se adaptar com essas linguagens sejam capazes de verbalizar o que analisam em cada uma das representações. 	
REFERÊNCIAS
BEM-ZVI, R et al. Students‟ visualisation of a chemical reaction. Education in chemistry. p. 117-120, Julho, 1987.
MACEDO, Jamile Mariano; PENHA, Maranei Rohers. Desmistificando a Química: investigação das definições dos estudantes do IFRO sobre o real conceito das Reações Químicas. Educação Por Escrito, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 51-67, jan.-jun, 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/Jackson%20Smiderle/Downloads/15818-Texto%20do%20artigo-70331-1-10-20140627.pdf> . Acesso em: 09 nov. 2020. 
WARTHA, Edson José; REZENDE, Daisy de Brito. Os níveis de representação no ensino de Química e as categorias da semiótica de Peirce. Revista Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre (UFRGS), v. 16, n. 2, p. 275-290, 2011. Disponível em: <http://
www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID264/v16_n2_a2011.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2020.