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BACHARELADO EM FARMÁCIA Vanessa de Oliveira Almeida Governador Mangabeira –BA 03/08/2017 “É a aplicação de métodos e da técnica para o preparo, armazenamento, processamento, controle, embalagem, distribuição e utilização dos alimentos.” Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos “É a ciência que trata do estudo, aperfeiçoamento e aplicação experimental de processos viáveis, visando o seu emprego na obtenção, processamento, conservação, preservação, transporte e comércio dos alimentos em geral.” 1º Congresso Internacional de Dietética A mudança do alimento no tempo e no espaço. Permitir que se consumam alimentos sazonais em épocas diferentes da safra e também que se possibilite o consumo de determinados alimentos em locais onde não são produzidos. Homem das cavernas coleta das plantas e animais. Defumação de carnes fogo das cavernas Secagem nas regiões desérticas (Bíblia : figos, tâmaras e uvas secas) Sal como conservante peixe salgado (povos do Egito e Mesopotâmia) HISTÓRIA Fabricavam pão. Sabiam fazer queijo. ANTIGO EGITO Produziam cerveja e vinho e sabiam distinguir entre a primeira fermentação: alcoólica e a secundária: acética, que permitia obter o vinagre. HISTÓRIA GREGOS Utilizavam ampla variedade de alimentos (carnes de todos os tipos, principalmente de suíno e aves, peixes e grande variedade de produtos vegetais). Acrescentaram à dieta novos produtos, como o azeite de oliva (cuja técnica de fabricação trouxeram de Creta ou da Ásia Menor, onde já era produzido por volta de 1500 a.C.), crustáceos e moluscos. HISTÓRIA PERÍODO ROMANO Caracterizou-se pelo comércio em grande escala, tanto a curtas como longas distâncias. Uma das razões da expansão do Império Romano foi a necessidade de obter mais alimentos para Roma. HISTÓRIA PERÍODO ROMANO O trigo produzido no Egito, na Espanha e no norte da África assegurava o abastecimento da capital do império, enquanto os romanos difundiam por todas as suas províncias as melhorias que faziam na agricultura como: o descanso da terra, a fertilização, a rotação dos cultivos. HISTÓRIA Prensagem: uma das operações tecnológicas, foi bastante aperfeiçoada pelos romanos (azeite de oliva) Fabricação de Queijo: evolução gradual desde a formação da coalhada por fermentação natural até a produção controlada: ajuste da TºC para regular a ação do coalho e o processo maturativo. PERÍODO ROMANO HISTÓRIA Utilização de recipientes de barro para proteger os alimentos (embalagem). Praticavam de forma regular a salga e a acidificação com vinagre procedente da oxidação do álcool. Utilizavam o mel como meio de conservação e dessecavam diversos alimentos ao sol. Foram excelentes padeiros e viticultores e propagaram as melhorias do cultivo da videira por todo o império. PERÍODO ROMANO HISTÓRIA Já conheciam, embora de forma empírica, os efeitos desfavoráveis dos metais na auto-oxidação das gorduras, visto que recomendavam não utilizar recipientes metálicos para o armazenamento do azeite de oliva. Existem ainda dados que revelam que os imperadores mandavam resfriar o vinho e outros alimentos com gelo trazido das montanhas. PERÍODO ROMANO HISTÓRIA IDADE MÉDIA Constitui um longo parênteses no estudo de novos procedimentos de conservação e elaboração. Outros alimentos foram introduzidos na Europa: Cruzadas: frutas e verduras desconhecidas Marco Pólo Da China para a Itália: desenvolvimento de massas HISTÓRIA SÉCULO XV A dieta do homem europeu sofreu importante mudança com a descoberta da América. Tomate, milho e batata causaram uma revolução no velho mundo, embora a batata, provavelmente originária do Peru ou da Bolívia, só tenha sido realmente aceita em larga escala como alimento por volta do século XVIII. Uso massivo de especiarias vindas da Índia. HISTÓRIA 1786: uso do gelo para transportar peixe fresco era habitual na Grã-Bretanha. 1838: teve início a utilização industrial de frio para a conservação de peixe nos barcos, o que permitiu fazer capturas em águas mais distantes. HISTÓRIA 1795: um fabricante de cerveja e depois um confeiteiro francês (Nicolas Appert) conseguiram conservar diversos alimentos ao acondicioná-los em recipientes lacrados e depois aquecê-los em água fervente, achava que a conservação se dava pela falta do ar. 1810: um prêmio foi estabelecido por Napoleão para quem fosse capaz de inventar um procedimento para conservar alimentos que permitisse abastecer suas tropas, posicionadas a grande distância de suas bases de aprovisionamento. 1864: Louis Pasteur, provou que a deterioração dos alimentos eram causadas por microrganismos e que o tratamento térmico eliminava os microrganismos responsáveis pela rápida deterioração dos alimentos. Esse processo ficou conhecido como PASTEURIZAÇAO. HISTÓRIA O progresso dos métodos de conservação prosseguiu no século XX, com enorme melhoria das antigas técnicas: - defumação, desidratação, emprego do frio, tratamentos térmicos, uso de conservantes, acondicionamento, transporte, etc. - e a criação de outras técnicas como ultrafiltração, atmosferas modificadas, etc. HISTÓRICO 1931: Considera-se o nascimento oficial da Tecnologia de Alimentos que ocorreu simultaneamente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. De um lado, a Universidade de Oregon cunhou, nesse ano, o termo Tecnologia de Alimentos a propósito da introdução de um novo curso sobre o tema. Do outro lado, no mesmo ano, MacLellan propôs ao conselho da Society of Chemical Industries (SCI) da Inglaterra a criação, com o nome de Society of Food Industry, de um novo grupo, ao qual seriam incorporados os membros da sociedade original interessados no problema dos alimentos. APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Aumento do valor nutritivo dos alimentos pela inclusão de nutrientes (proteínas, vitaminas, minerais, etc). Obtenção do máximo de aproveitamento dos recursos nutritivos existentes atualmente na terra e buscar outros, a partir de fontes até agora não exploradas. Preparação de produtos para indivíduos com necessidades nutritivas especiais, como crianças, idosos, diabéticos, celíacos, etc. APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Desenvolvimento de produtos prontos e semi- prontos, já que é cada vez mais necessária a saída das mulheres para buscar opções de renda extra. Distribuição mais uniforme dos alimentos durante todas as estações e épocas do ano. Aumento de vida útil dos produtos alimentícios, facilitando o seu armazenamento. APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Melhorias das qualidades sensoriais através do uso de aditivos. Desenvolvimento de embalagens mais resistentes e apropriadas. Segurança quanto às condições higiênico-sanitárias dos alimentos, diminuindo os riscos de doenças de origem alimentar (BPA, BPF) Queda de preço devido à grande oferta e facilidade de acondicionamento. DESVANTAGEM DO PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS A única desvantagem ainda discutida é que o processamento do alimento pode muitas vezes destruir alguns dos nutrientes. Agricultura: produção de matéria prima Métodos e progressos da produção agrícola Princípios e práticas da nutrição humana Consumo de alimentos Tecnologia de alimentos Manipulação Elaboração Preservação Armazenamento Comercialização IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Países em desenvolvimento ou desenvolvidos Redução das perdas de alimentos Aumento da disponibilidade de alimentos IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS ÁREAS EM QUE SE BASEIA A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Grandes Áreas Ciências BiológicasCiências Físicas e Químicas Engenharia de Alimentos ÁREAS EM QUE SE BASEIA A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 1- QUÍMICA Conhecer as transformações que ocorrem durante a colheita e armazenagem da matéria- prima, nas fases de industrialização e nos produtos acabados (embalados), e procurar controlá-las para manter a qualidade dos produtos. A química também é utilizada para mensurar os constituintes dos alimentos e suas reações, fazendo assim parte do controle de qualidade. 2- BIOLOGIA Proporcionar maneiras de controlar os microrganismos indesejáveis e eliminar os que produzem a deterioração dos alimentos. Fornece os subsídios para o conhecimento dos processos de alterações microbiológicas e para a preservação e conservação dos alimentos. Produção de alimentos fermentados, melhorando, em muitos casos, as características sensoriais e a vida de prateleira. ÁREAS EM QUE SE BASEIA A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS A criação de animais, com características comerciais mais vantajosas, a obtenção de vegetais e frutas, com melhores qualidades organolépticas, a seleção de sementes, a adaptação de plantas, a hibridização, os métodos especiais de cultura, os cruzamentos, etc. ÁREAS EM QUE SE BASEIA A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 2- BIOLOGIA 3-NUTRIÇÃO Oferece bases para se saber quais as vantagens da presença de determinados nutrientes nos alimentos e seus efeitos e interações sobre o organismo. ÁREAS EM QUE SE BASEIA A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 4-ENGENHARIA (FÍSICA) Estuda as fases do processamento da matéria- prima, através dos conceitos das operações unitárias (filtração, refrigeração, desidratação, destilação, etc) e princípios da engenharia. Fornece as bases para a elaboração de produtos através dos projetos estruturais, de equipamentos e desenvolvimento de embalagens. ÁREAS EM QUE SE BASEIA A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? ???????????????????????????????? OPERAÇÕES BÁSICAS DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS PRINCIPAIS OPERAÇÕES BÁSICAS UTILIZADAS PELA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS De ordem física De ordem química De ordem biológica Ação mecânica Cristalização Desidratação Destilação Emulsificação Evaporação Transmissão de calor e frio Subdivisão Mistura Extração (por prensagem) Emprego de aditivos Extração (por solvente) Emprego de substâncias coadjuvantes (catalisadores, fermentos, gases, etc) Reguladores de pH Ação microrgânica Ação enzimática FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 1) Aumento de consumo de produtos: Aumento progressivo de consumo Influência social-trabalhista Aumento do consumo em situações de emergência 2) Aproveitamento das matérias-primas 3) Modernos conhecimentos gerais 4) Emprego de produtos dietéticos e especiais 5) Concorrência comercial Em relação a origem: Animal Vegetal Mineral Em relação a manipulação Natural Preparado culinariamente Industrializado Em relação ao estado físico Líquido Pastoso Sólido Matérias- primas: classificação De origem animal: Carnes bovina, suína, caprina, aves, coelho... Leite vaca, cabra, camela... Pescados mamíferos, crustáceos,peixes, cefalópodes De origem mineral Água (mineral) Sal (sal-gema, sal marinho) De origem vegetal Cereais ( arroz, trigo, aveia, centeio, milho) Hortaliças Folhas (Alface, rúcula, agrião, coentro cebolinha) Raízes (cenoura, nabo,beterraba) Tuberosas (batata, aimpim, cará) Frutos (chuchu, tomate, pimentão) Frutas Frescas (abacaxi, banana, laranja, manga, uva) Secas (amêndoas, avelãs, castanha-do pará, nozes, coco Leite (de coco, de soja) Vegetais oleaginosos Frutas: (abacate, dendê, oliva) Sementes (Algodão, gergelim, girassol, dendê) Alimentos naturais matérias primas Alimentos industrializados ou produtos alimentícios são obtidos após o tratamento físico e/ou químico da matéria prima. São o resultado de uma seqüência de operações ou processos que podem ou não alterar de modo profundo as características e/ou composição da matéria prima. Produtos alimentícios sem modificações: Hortaliças, ovos, água mineral Produtos alimentícios com pequenas ou ligeiras modificações: Concentrados (sucos, néctares, purês) Secos (arroz, feijão, ervilha, milho, amendoim) Desidratados (leite em pó, liofilizados, flocos) Resfriados (verduras, hortaliças, carnes) Congelados (carnes,pescados, vegetais) Produtos alimentícios com grandes modificações: Pasteurizados (sucos, leite, necteres, enlatados a base de frutas) Esterilizados (conservas vegetais, de carne e de pescados) Salgados e defumados (carnes secas, embutidos, presuntos) Produtos alimentícios transformados Alimentos fermentados ( iogurte, vinagre, azeitona, pães) Balas e caramelos Bebidas estimulantes (café, chá, mate) Bebidas fermentadas e fermento destiladas (cerveja, vinho, aguardente, rum) Produtos alimentícios transformados Chocolate Condimentos ou temperos Gelados comestíveis Gomas de mascar Produtos transformados derivados do leite (manteiga, leite condensado, creme de leite) Massas alimentícias (massas com ovos, com espinafre) Na medicina Na indústria Na agricultura Na fitopatologia Na virologia Na micologia Na bacteriologia Porque estudar microbiologia? Ações benéficas: - atividades metabólicas para reciclagem de nutrientes - degradação da matéria orgânica - na produção de alimentos, remédios, enzimas entre outros... Deteriorantes - Patogênicos – Benéficos No processo de maturação do Gorgonzola são injetados fungos, que fazem com que ele tenha veias verde- azuladas e que lhe dão um sabor especial. O Camembert é um queijo de pasta mole e possui uma fina crosta de bolor penicillium branco Bactérias ESPORO Algumas espécies bacterianas, particularmente as G + dos gêneros Bacillus e Clostridium, tem a capacidade de formar organismos de resistência chamados de esporos ou de endósporos, visto que eles aparecem no interior da célula bacteriana. Estrutura de resistência da bactérias formadas em condições adversas Resistência ao calor, as radiações e agentes químicos Gêneros importantes em alimentos:Bacillus, Clostridium. Os esporos trazem todas as informações genéticas das células que lhes deram origem Alimentos preparados com o uso de microrganismos Alimento Matéria prima Principal Microrganismo Grupo Picles Pepinos Lactobacillus spp. Pediococcus spp. Bacilos, Gram + Cococ, Gram + Leite fermentado Leite L. acidophilus Bacilos, Gram + Pão Farinha Saccharomyces cerevisiae Levedura Ricota Leite pasteurizado L. bulgaricus Bacilos, Gram + Koumiss Leite de égua L. bulgaricus Torula, Mycoderma Bacilos, Gram + Leveduras Kefir Leite fresco, Streptococcus spp. Lactobacillus spp. Leuconostoc Acetobacter Cocos, Gram + Bacilos, Gram + Cocos, Gram + Bacilos, Gram - Iogurte Leite pasteurizado L. bulgaricus S. thermophilus Bacilos, Gram + Cocos, Gram + Shoyu Arroz, Soja L. delbrueckii Aspergillus oryzae Sacharomyces rouxii Bacilos, Gram + Fungo filamentoso Levedura Queijos Leite S. lactis S. cremorisL. citrovorum L. dextranicum Outros microrganismos Cocos, Gram + Cocos, Gram + Bacilos, Gram + Bacilos, Gram + Fungos Cerveja Grãos de cereais Saccharomyces spp. Leveduras Vinho Suco de uva Saccharomyces cerevisiae Sacch. champagnii Leveduras Salames e salsichas curadas Porco/Gado Pediococcus cerevisiae Cocos, Gram + Presunto curado Porco Aspergillus, Penicillium Fungos Iogurte Lactococcus thermophillus Lactobacillus bulgaricus Sabor: diacetil, acetaldeído Queijos Lactococcus lactis Lactococcus cremoris Lactobacillus citrovorum Lactobacillus dextranicum Outros: fungos Creme de Leite Streptococcus cremoris, S. diacetylactis: ácido – coagulação Leuconostoc cremoris: voláteis – sabor e aroma Manteiga: mesmos microrganismos Saccharomyces cerevisiae Kefir: alimento à base de leite preparado por microrganismos - Originário do Cáucaso, “um presente de Alá” Lactobacilli Lactobacillus alactosus L. brevis L. casei subsp. casei L. casei subsp. pseudoplantarum L. casei subsp. rhamnosus L. casei subsp. tolerans L. coryneformis subsp. torquens L. fructosus L. hilgardii L. homohiochi L. plantarum L. pseudoplantarum L. yamanashiensis Streptococci/Lactococci Streptococcus cremoris Str. faecalis Str. lactis Leuconostoc mesenteroides Pediococcus damnosus Leveduras Saccharomyces cerevisiae S. florentinus S. pretoriensis Candida valida C. lambica Kloeckera apiculata Hansenula yalbensis Bebida tradicional de nômades criadores de rebanhos das estepes russas. O leite de égua dá origem a uma bebida saudável após uma fermentação alcóolica e láctica. A ação medicinal do koumiss é devida ao grande complexo de substâncias e elementos curativos que ele contém, tais como fermentos, microelementos, antibióticos, vitaminas A, Bl, B2, B12, D, E, C (grande teor), álcool etílico, ácido lático, gás carbônico e outros. Koumiss Picles Lactobacillus spp. Pediococcus spp. Chucrute Hepatite A, a poliomielite e as gastrenterites por rotavírus e por vírus de Norwalk. Alimentos ► meio adequado para o crescimento microbiano - deterioração (“prontos para consumo” - aumento dos custos) - disseminação de infecções - intoxicações - produção de alimentos - conservação de alimentos Composição microbiana dos alimentos ► Frutos: Leveduras na casca das uvas - fermentação para fabricação do vinho pH 2,3-5,0 - baixa incidência de bactérias ► Carnes: Corte e manuseio - bactérias proteolíticas, lipolíticas, fungos e ocasionalmente patógenos (Clostridium perfringens, Staphylococcus aureus) ► Leite: Microbiota característica do ambiente Bactérias do ácido lático, leveduras, coliformes, Pseudomonas Patógenos: Staphylococcus (mastite), Mycobacterium, Brucella, Salmonella, Coxiella • Microbiota própria • Adquirida com o processo/manuseio Deterioração: ► Qualquer alteração na aparência, odor, sabor decorrentes da atividade metabólica dos microrganismos O tipo de deterioração depende: - tipo de alimento - microrganismo envolvido (bactérias entéricas raramente deterioram frutos) - número de microrganismos presentes Microrganismos e a deterioração de alimentos ► Ranço: Alimentos ricos em gordura Microrganismos lipolíticos, principalmente bactérias Quebra das gorduras ácidos graxosglicerol ► Putrefação: Alimentos ricos em proteínas (p.ex. carnes) Bactérias proteolíticas Proteínas putrescina, cadaverina, H2S, NH3 ► Azedamento (fermentação) e coagulação: Leite Bactérias do ácido lático Lactose ácido lático + outros ácidos Principais processos de deterioração de alimentos Inibir o crescimento microbiano ► preservar a qualidade Controle dos microrganismos em alimentos • O crescimento segue o padrão geral: fase lag, exponencial ... • Depende de condições como temperatura e valor nutritivo do alimento • Somente quando a concentração atingir certo nível a deterioração pode ser observada Temperatura Redução da atividade água (Aw) Acidificação Enlatamento Irradiação Aditivos Processos de preservação CRESCIMENTO MICROBIANO SEMPRE que os mo estão nos alimentos e as condições de crescimento são favoráveis, o número de células AUMENTA. Em condições ótimas, o TEMPO DE GERAÇÃO (TG), varia entre 10 minutos a várias horas. Cada uma das novas células novas, resultantes do crescimento e divisão de uma única célula é capaz de crescer na mesma velocidade da que lhe deu origem, com o tempo o numero de células numa cultura aumenta em progressão geométrica, isto é, exponencial. Curva de Crescimento Lag (latência):Pode durar alguns minutos a algumas horas geralmente uma a três horas. Esta fase é quando o inóculo inicial é proveniente de culturas mais antigas. As células de fase estacionária encontram-se debilitadas de várias coenzimas essenciais e/ou outros constituintes celulares necessários à absorção dos nutrientes presentes no meio. Também é observada quando as células sofrem traumas físicos (choque térmico, radiações) ou químicos (produtos tóxicos), ou quando são transferidas de um meio rico para outro de composição mais pobre, devido a necessidade de síntese de várias enzimas. Fase lag Outros fatores podem afetar a duração da fase de latência: fatores genéticos: algumas espécie se adaptam mais rapidamente; a idade das bactérias: as células jovens, oriundas de culturas em fase exponencial, tem uma fase de latência mais curta do que as provenientes de culturas mais velha, em fase estacionária ou decrescente; a composição do meio: quanto mais este for semelhante ao meio de origem, mais curto será o tempo de adaptação. Fase Log Log ou exponencial: nesta etapa, as células estão plenamente adaptadas, absorvendo os nutrientes, sintetizando seus constituintes, crescendo e se duplicando. A taxa de crescimento exponencial é variável, de acordo com o TG do organismo em questão. Fase estacionária Estacionária: Nesta fase, os nutrientes estão dimunuindo e os produtos tóxicos estão tornando-se mais abundantes. Nesta etapa não há um crescimento líquido da população, ou seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem. Nesta etapa as BACTÉRIAS ESPORULANTES produzem o seu endósporo. Fase Declínio Declínio: As condições tornam-se cada vez menos favorável a divisão celular, fazendo com que muitas células percam sua capacidade de multiplicar e morram. As células se transformam em diferentes formas, tornando-se de difícil identificação. O pequeno número de sobreviventes pode resistir durante, meses ou anos. CRESCIMENTO EM MEIO RENOVADO Na indústria de alimentos onde se utilizam microrganismos para produzir certos gêneros alimentícios, como vinagre, pode ser útil manter a fase exponencial durante o maior tempo possível. Uma técnica bastante utilizada é renovar o meio constantemente. Fatores que afetam o crescimento Fatores Intrínsecos: ????????????????? Fatores Extrínsecos: ??????????????? Fatores que afetam o crescimento Fatores Intrínsecos Constituintes antimicrobianos Cravo-da-índia (eugenol) Canela (aldeído cinâmico) Alho (alicina) Fatores que afetam o crescimento Fatores Intrínsecos Estruturas biológicas (barreira mecânica) Película das frutas; cascas de sementes e nozes, casca do ovo etc., Fatores que afetam o crescimento Fatores Intrínsecos Microbiota do alimento Ex. Bactérias láticas inibem o desenvolvimento de patógenos por produzirem ácido lático.Doenças transmitidas por alimentos • Importante área emergente • Alimentos processados: grande responsabilidade para as empresas • Infecções e intoxicações originadas por uma única fonte pode afetar grande número de indivíduos Infecções a. Gastroenterites Bacillus cereus: toxina liberada no trato intestinal Infecção que atinge o sistema gastrointestinal ocasionando diarréias, cólicas intestinais e vômitos. - decréscimo na absorção de fluidos - aumento da secreção de fluidos do sangue para o intestino Vegetais crus, carnes, leite e derivados, farinhas contendo esporos b. Salmoneloses Salmonella thyphimurium: espécie mais comum, presente no intestino dos animais e esgotos. S. typhi: febre tifóide Carnes, salsichas, aves, ovos, leite e laticínios, produtos à base de ovos crús Contaminação: manuseio por indivíduos portadores, água contaminada Maria Tifóide "I can cook" c. Escherichia coli patogênicas Escherichia coli enterotóxica (linhagens ETEC), produtora de enterotoxinas potentes - verotoxina:diarréia hemorrágica e insuficiência renal. Linhagem E. coli O157:H7 produz grande quantidade da toxina Alimentos crús ou mal cozidos, particularmente carnes moídas processadas em grande escala, água. d. Campilobacteriose Campylobacter jejuni e C. fetus Bastonetes Gram negativos, microaerófilos, principais responsáveis por diarréias bacterianas em crianças - C. fetus: abortos em bovinos e ovinos Aves, porco, mariscos crús - todas as carcaças de frango e peru contêm C. jejuni d. Listeriose Listeria monocytogenes – presente em todos os ambientes - Bastonetes ácido tolerantes, psicrotolerantes e halotolerantes - Pessoas imonocomprometidas: septicemia, meningite, encefalite, infecção intra-uterina Carne, laticínios, produtos frescos Contaminação: solo, água e. Hepatite A Picornavírus (RNA vírus) - Inflamação e necrose do fígado Frutos do mar coletados em águas poluídas, leite Contaminação: contaminação fecal da água ou alimento a. Intoxicação por estafilococos Staphylococcus aureus – intoxicação bastante comum (gastroenterites) Cremes, doces recheados, carnes, pudins, saladas com maionese Contaminação do alimento: pelo manipulador, seguida pela multiplicação da bactéria no alimento não refrigerado e produção de enterotoxinas (7 tipos) termoestáveis. b. Intoxicação por clostrídios Clostridium perfringens: bactéria anaeróbia, produtora de endósporos Carnes, aves e peixes, crús ou cozidos Toxinas: enterotoxina produzida quando a bactéria esporula no intestino, após ser ingerida com o alimento. Sintomas: alteração da permeabilidade das células epiteliais do intestino, produzindo sintomas de gastroenterites. Intoxicações Clostridium botulinum: bactéria anaeróbia, produtora de endósporos (botulus, do latim, salsicha) Carnes, vegetais enlatados, peixes fermentados, alimentos embutidos, batatas assadas, ... Toxinas: exotoxina (proteína sensível ao calor, 80 ºC/10 min) geralmente fatal. - 1 g mataria 30 bilhões de ratos. Botulismo Sintomas: a toxina liga-se às membranas pré- sinápticas nos neurônios motores na junção neuro-muscular, bloqueando a liberação de acetilcolina, impedindo a contração do músculo.